ao adeus e ao olá, um profund'hermético devaneio:
aos navegantes da maré carnívora
peço o silêncio.
como surd'ouvinte tornarei-me a vossas escarnecidas
e com sorriso sorrirei por gratidão
o açoite que me feres pela língua.
Ele disse: não envenenais o Verbo.
shhhhh que tocam as entrelinhas
e ouç'o arco-íris circundado o vazio...
são as reticências da vida/
são as vidas da reticência:
é a dor que se refugia na esperanç'angustiada
que paira sobre a certez'inóspita do entremeio.
e tudo o que vejo é o desejo
de usarem a jogar-me ao relento,
com'a possibilidade privada de suas sílabas
por olhos mercenários. / ignóbeis vigaristas!,
quando usardes de má fé
má fé usar-vos-á com'utilidade.
eia! silêncio tagarela!
que antes me faças crer na caridade vinda por claridade,
pois pela claridade é facilmente reconhecida.
eia, correias do tempo
e girafas enaltecidas!
turvarei-me em chá-haha
de notas sóbrias / minimalistas
(na harmonia d'universo) .
eia, andorinhas ao vento /
cintilant'entardecidas!
que meu relento tempestuoso se dará na calma aquosa e sombria
(no vazio que é seu verso).
domingo, 16 de agosto de 2009
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